A ação vai caindo, caindo e daqui a pouco chega a 20% a menos do que o valor adquirido. Todo investidor já passou por esse cenário oscilante. Se não passou, sem dúvida, ainda vai experimentar algo semelhante. Então, vem aquela dúvida fatídica: quando devo vender minhas ações? Está na hora de comprar mais, substituir as que deram prejuízo, dobrar as apostas?
Se você está sofrendo com essas dúvidas, felizmente, como nosso leitor assíduo, não precisa passar por isso tudo sozinho. Neste artigo, vamos mostrar regras elementares na hora de vender ações. Continue acompanhando e veja dicas preciosas para sair do dilema de quando devo vender minhas ações!
Se por um lado existe a dúvida de quando devo vender minhas ações em momentos de crise, há também a difícil escolha do que fazer quando os lucros aumentam. Assim, é comum indagar se é melhor vender as ações para obter mais lucro.
De fato, vender ações é difícil por várias razões. De maneira geral, somos forçados a tomar decisões com base em informações incompletas. Afinal, ninguém tem uma bola de cristal capaz de prever perfeitamente o futuro. A gente até pode — e deve — fazer projeções, bem como acompanhar as tendências do mercado. Mas, é impossível prever o que realmente vai acontecer. Logo, isso pode acabar nos paralisando e fica difícil saber quando vender minhas ações, por exemplo.
Desse modo, o erro faz parte da vida de todo investidor — até dos especialistas aqui. Assim, embora tenhamos tomado algumas decisões erradas para vender ou manter ações, revisaremos algumas dicas com vocês. Estes são alguns pontos que aprendemos ao longo de anos no mercado financeiro. Confira aqui nossos conselhos e veja como você pode sair da dúvida de quando devo vender minhas ações.
Acima de tudo, é preciso desenvolver um controle emocional antes de pensar “poxa, quando vender minhas ações?”.
Sabe quando seu coração palpita e você nem consegue dormir pensando na hora da abertura do mercado? Ou, quando vem aquela sensação de triunfo depois que o investimento dobrou de valor? Então, é exatamente por esses critérios que você NÃO deve se guiar.
A gente sabe que os resultados dos investimentos são gatilhos emocionais. Faz parte, mas é preciso ter o controle emocional tanto quando vamos bem quanto vamos mal.
Assim, vamos da glória ao pior dia das nossas vidas em instantes. Sabe quando você vende uma ação porque está com medo de perder mais dinheiro e depois ela volta a subir e chega a dobrar de valor? Quem nunca experimentou isso, não é? Sem dúvida, este é um dos piores sentimentos.
Assim, passamos por raiva, angústia, ansiedade, medo e até mesmo depressão quando as ações nas quais investimos caem. Contudo, não são essas emoções que devem motivar a decisão para quando devo vender minhas ações.
Talvez, seja difícil de enxergar algo positivo no meio de tantas oscilações que afetam nosso emocional, não é? Mas, pelo menos sabemos que a volatilidade dos preços é real. Mesmo que desagradável, ela é inevitável. “Poxa, mas isso é bom?” — Você pode questionar.
Bem... Por um lado sabemos que precisamos aprender a lidar com ela. Ou seja, é menos uma surpresa neste mercado tantas vezes incerto. Ou ao menos não deveria ser tanta surpresa assim.
O que estamos querendo dizer é que os preços das ações flutuantes chegaram para ficar. Por isso, precisamos preparar você, caro investidor. Faz parte, mas estar ciente disso já é uma boa posição. Além disso, precisamos adquirir formas de conviver com isso de maneira racional. Sobretudo, se chega ao impasse de quando devo vender minhas ações.
Você pode não acreditar, mas, para alguns investidores, ter essas avaliações extremamente flutuantes é uma grande vantagem. E de fato podemos aprender a transformá-la em benefícios.
Imagine um sujeito mal-humorado com uma fazenda vizinha a sua. Então, suponha que ele gritasse um preço todos os dias pelo qual ele compraria sua fazenda ou venderia a dele. E esses preços variavam amplamente em curtos períodos de tempo, dependendo de seu estado mental, não é? Como este fazendeiro ajudaria você com um comportamento tão irregular?
Se o grito diário dele fosse ridiculamente baixo e você tivesse algum dinheiro sobrando, talvez, compraria a fazenda dele. Se o número que ele gritou fosse absurdamente alto, você poderia vender para ele. Ou, simplesmente seguir trabalhando na sua fazenda.
De forma semelhante, os proprietários de ações, muitas vezes, permitem que o comportamento caprichoso e irracional de seus colegas impacte seu julgamento. Assim, começam a agir de forma tão irracional quanto.
Sabe aquelas conversas sobre mercados, economia, taxas de juros, comportamento dos preços das ações, etc. que a gente tem entre os corredores?
Alguns investidores acreditam que é importante ouvir esses “especialistas”. Desse modo, apenas copiam o que outros estão fazendo. Sem analisar ou avaliar quem está dando uma “dica de ouro”.
Enquanto isso, existem outros donos de propriedade que podem ficar quietos por décadas. Porém, ficam frequentemente frenéticos quando são expostos a um fluxo de cotações de ações. Mais ainda quando escutam analistas que entregam mensagens implícitas de "Não fique aí sentado, faça alguma coisa". Para esses investidores, a liquidez é transformada de um benefício irrestrito (que deveria ser) em uma maldição.
Ou seja, se não tomarmos cuidado, podemos deixar que o barulho diário do mercado e as oscilações nos preços das ações nos levem a tomar decisões míopes.
Em primeiro lugar, ninguém sabe o que acontecerá na próxima semana, mês ou ano. Tenha isso em mente sempre. Sobretudo, na próxima vez em que for tentado a negociar a curto prazo. Ou, quando estiver em uma dessas conversas de corredor. Ou ainda exposto a uma previsão do mercado feita por algum “guru”.
Aliás, as oscilações no mercado de ações residem nas reações exageradas do investidor de curto prazo. Ou seja, pelas decisões precipitadas tomadas em função de eventos e notícias de curto prazo. Por outro lado, esses fatores não preocupam os investidores de longo prazo.
No curto prazo, quando as coisas estão boas ou ruins hoje, a tendência é acreditar que continuará no futuro próximo. Entretanto, essa é uma das razões pelas quais ocorrem bolhas e quebras no mercado de ações.
Desse modo, é importante ter em mente que as ações nem sempre refletem os fundamentos. Além disso, estão cada vez mais propensas a negociar mais ou menos resultados a curto prazo. Em contrapartida, temos as perspectivas de ganhos a longo prazo.
Assim, para o investidor paciente, esses eventos podem trazer oportunidades extraordinárias.
Só para exemplificar, lembra quando a bolha da tecnologia explodiu em 2000-2001? Da crise financeira que eclodiu em 2008-2009? Nesse meio tempo muitas ações de dividendos blue chips foram marteladas junto com o restante do mercado. Mas, ao final, ainda estamos aqui, não é mesmo?
Não apenas o barulho do mercado pode assombrar a decisão de quando devo vender minhas ações. Pelo contrário, também podemos ter problemas por excesso de confiança. Como investidores individuais, acreditamos que podemos gerenciar nosso dinheiro com eficiência. Dessa forma, pode ser difícil para nós admitir quando estamos errados e seguir para uma ideia melhor.
Então, é necessário adotar uma abordagem mais fluida para vender ações. Nesse sentido, é essencial estarmos dispostos a corrigir erros de investimento assim que percebermos que eles estão errados. Antes que os erros se tornem ainda maiores.
Pela nossa experiência, vemos que, mesmo os melhores investidores do mundo estão errados mais de 40% das vezes. Por que você ou qualquer um de nós se sairia melhor? Portanto, igualmente como a volatilidade do mercado, o fato que vamos falhar em algum momento é inevitável.
Desse modo, encontrar e corrigir nossos erros o mais rápido possível é importante. Contudo, muita atividade de negociação quase nunca é uma coisa boa.
Talvez você ainda esteja com a pergunta latejando na sua mente. “Mas, afinal, quando devo vender minhas ações?!”
Calma. Antes de tudo, foi necessário mostrar a você o que pode ativar gatilhos errados na sua decisão.
Feito isso, o próximo passo é ter uma visão de futuro. Quando olhamos em retrospectiva, os motivos da queda das ações são óbvios. Assim, há uma tendência de se referir a esses fatores ou até mesmo extrapolá-los no futuro além do razoável. É nesse momento que caímos nas nossas emoções novamente. Dessa maneira, podemos perder o foco nas perspectivas de longo prazo da empresa. Então, puni-la excessivamente por um único trimestre ruim de resultados.
Em outras palavras, quanto mais compramos e vendemos ações, mais geralmente perdemos. Porquanto, preocupar-se menos com as oscilações diárias do mercado. A chave aqui é permanecer paciente. Sim, isso é contra as emoções humanas. Mas, é isso que vai fazer diferença nos seus resultados.
Podem até existir o tipo de investidor mais interessado em descobrir como ganhar dinheiro a cada segundo. Talvez, este tipo seja a maioria do mercado. Por outro lado, há aqueles que conseguem consolo na mensagem de que não há mais nada a ser feito. Aliás, não há problema em não fazer nada e esperar que as oportunidades se apresentem ou pay off. Isso é solitário e contraditório na maioria das vezes. Porém, lembrar a si mesmo que isso é o que é necessário é muito útil.
Todas as cotações de dados e investidores apresentadas recebem a mesma mensagem subjacente. Ao comprar um estoque de alta qualidade, seu período ideal de permanência deve ser para sempre:
"Se você não se sentir à vontade para comprar algo por 10 anos, não o faça por 10 minutos." — Warren Buffett.
No entanto, vivemos em um mundo dinâmico e estamos constantemente sujeitos a cometer erros de investimento. Na Pride One, seguimos 5 diretrizes quando pensamos em vender uma ação. Ao invés de reagir às mudanças de preço de curto prazo e ceder às emoções, agimos com base nelas. Confira agora quais são nossas regras elementares!
Vale ressaltar que 4 de nossas regras para a venda de ações são aplicáveis a todos os investidores. Entretanto, a quinta regra é principalmente relevante para o investimento em dividendos.
Então, vamos a elas? Leia e não fique mais paralisado ao pensar quando deve vender suas ações.
Em primeiro lugar, os preços das ações seguem os ganhos por períodos prolongados. De acordo com um estudo realizado pela Turner Investments, que analisou o retorno das ações de março de 1990 a novembro de 2010, as ações com a tendência mais forte de crescimento dos lucros retornaram 11,5% ao ano. Enquanto que as ações com o crescimento mais fraco dos retornos retornaram apenas 1,5% ao ano. Nesse período, o Índice S&P 500 subiu 6,3% ao ano.
Ou seja, empresas que crescem ao longo do tempo verão suas ações subirem com ganhos. Assim, a principal razão para vendermos uma ação é quando acreditamos que seus ganhos de longo prazo foram prejudicados.
Sem dúvida, essa é uma das decisões mais difíceis a ser feita. Afinal, acabam reduzindo ou impedido nosso retorno sobre o investimento. Se fosse fácil, seríamos capazes de identificar e vender rapidamente as armadilhas de valor. Dobrando assim as ações de alta qualidade que foram injustamente derrotadas.
Contudo, o melhor que podemos fazer é tentar entender os fatores que estão prejudicando a empresa hoje. Nesse sentido, tente refletir sobre os reais motivos para a ação estar fraca. A natureza da oscilação é transitória ou permanente? Tente entender esse princípio e conseguirá se nortear melhor nessa primeira regra.
Questões como ventos contrários à moeda ou crescimento lento da economia provavelmente se resolverão em no máximo dois anos. Nesse meio tempo, você pode estar comprando oportunidades.
Já a mudança das preferências do consumidor pode relevar uma queda de potencial de uma empresa no futuro. Ou, por exemplo, a nova concorrência da China, capaz de prejudicar o crescimento de longo prazo de outras empresas.
Em suma, tente colocar os fatores em um desses “dois baldes”:
Assim, você conseguirá voltar a fundamentos e decidir melhor se vende ou aumenta potencialmente sua posição. Viu como dá para sair do dilema de quando devo vender minhas ações sem muitos mistérios? Agora, vamos para nossa regrão de número 2!
Se os fundamentos de uma empresa estão funcionando como esperávamos, preferimos nunca vender e muito raramente venderemos. No entanto, o preço de uma ação pode desviar-se significativamente de seu valor intrínseco por várias razões. Muitas delas estão ligadas a nossos preconceitos emocionais e à mentalidade de rebanho. Além de criar booms e busts — ou seja, fracassos.
O múltiplo preço / lucro (P / E) de longo prazo do S&P 500 é de cerca de 15. E o mercado tem uma maneira de reverter para a média ao longo do tempo. Normalmente, preferimos pagar no máximo 20 vezes os ganhos por nossas participações. Então, começaremos a analisá-los com um olhar muito mais crítico se o múltiplo preço / lucro exceder 30.
Logo, esta é apenas uma regra geral para nos ajudar a permanecer cientes do risco de avaliação. A qualquer momento, devemos possuir algumas empresas que se revelaram subvalorizadas e outras que foram sobrevalorizadas. Ao manter uma carteira bem diversificada, o risco de avaliação específico da empresa tende a se anular. E é o motivo menos comum pelo qual venderíamos uma ação.
Alguns chamariam isso de um bom problema. Por exemplo, compramos ações da Procter & Gamble na nossa carteira em 2018. Nosso investimento mais que dobrou. Só para ilustrar, aumentou para mais de 8% do valor total de nosso portfólio.
Enquanto as perspectivas de longo prazo da Procter & Gamble pareciam ótimas, o tamanho da posição tornava-se desconfortavelmente grande. Dessa maneira, preferimos não investir mais de 5% de nossos portfólios em uma única empresa. Mesmo assim, o investimento deve parecer um negócio de alta qualidade, com uma faixa bastante estreita de possíveis resultados.
Para reduzir riscos e manter um nível confortável de diversificação, poderíamos reduzir a nossa participação na Procter & Gamble em aproximadamente 1/3. Essa regra pode não ser um problema dependendo de dois fatores. Primeiro, sua tolerância ao risco. E segundo: de quantas posições são mantidas.
Todavia não vendermos ações da Procter & Gamble, pois temos estratégia reinvestimento de dividendos e novos aportes, assim fizemos incrementos em outras posições do portfolio e aquisições de ações de novas empresas. Desta forma trouxemos a Procter & Gamble para participação inferior a 5%.
Em quarto lugar na hora de considerar quando devo vender minhas ações, chega o momento de ir para algo melhor.
Até os “melhores investidores” 50% das vezes chegam às ações mais lucrativas a partir de escolhas erradas. Afinal, o mundo é um lugar dinâmico e o mercado tende a ser bastante eficiente. Felizmente, os ganhos dos vencedores são grandes o suficiente para mais do que compensar o desempenho inferior dos perdedores.
A questão é que a maioria das carteiras quase sempre tem pelo menos algumas ações que são mornas. Isso considerando a melhor das hipóteses. Embora a paciência domine o dia, pode valer a pena procurar oportunidades únicas para se tornar uma ideia de maior convicção.
Talvez, só pra ilustrar:
Enfim... Algo que esteja disponível a um preço atraente. Nessas situações, que são raras, consideraremos fazer uma troca por uma de participações de baixa convicção.
Investidores conservadores em crescimento de dividendos entendem que um dividendo crescente costuma ser sinal de negócios financeiramente saudáveis e lucrativos. Nesse sentido, os dividendos também financiam nossas aposentadorias e necessidades de renda passiva. Então, a última coisa que queremos experimentar é um corte em nossos cheques de dividendos.
Muitos investidores venderão imediatamente uma ação depois que decidir cortar seu dividendo. Porém, fazemos o possível para sair antes que a redução seja feita. Avaliamos o risco de um corte de dividendos analisando as métricas financeiras mais importantes de uma empresa. Por exemplo:
E como manter todas essas informações atualizadas e corretas para dezenas de ações? Para isso, utilizamos um sistema de ferramentas para análise de segurança de dividendos. Assim, conseguimos avaliar a probabilidade de uma empresa reduzir seus dividendos no futuro.
De maneira geral, preferimos evitar empresas com baixa de segurança de dividendos. E sairemos de qualquer participação com pontuações de risco em favor de dividendos mais seguros em outros lugares.
De fato, saber quando vender uma ação é um dos maiores desafios que os investidores enfrentam. Nossas emoções muitas vezes prejudicam nossa capacidade de pensar racionalmente. Nos vemos buscando ganhos e lucro de curto prazo com muita frequência. Até mesmo quando nos consideramos investidores de longo prazo.
Combater essas tendências perigosas não é uma tarefa fácil. Mas, seguir um plano simples que nos permita:
Em suma, isso pode ajudar significativamente a facilitar a decisão sobre quando vender nossas ações. Desse modo, esperamos ter contribuído para sua melhor compreensão do mercado de ações. Especialmente de dividendos. Além disso, nos solidarizamos com você com o intuito de dizer: você não está sozinho! Todos cometemos erros, mas podemos aprender com eles. Este é o objetivo desta área de membros e de todos os conteúdos da Pride One. Continue nos acompanhando e até a próxima!
#eusouprideone #iamprideone
Carlos Augusto
Founder / CEO – Pride One