O empresário que deseja vender para o exterior precisa estar atendo a questões que vão muito além das negociações internas. Antes de fixar o preço, o empreendedor deve realizar um minucioso estudo das condições do mercado externo, a fim de viabilizar e manter o esforço de exportar, sem gerar prejuízos para a empresa. E a variação cambial tem grande influência na formação do preço de exportação. É exatamente isso que você verá neste post.
Vamos partir do básico: como se dá a formação de preço de exportação. Para chegar a essa resposta, é preciso conhecer os impostos de exportação, custos operacionais e internos, margem de lucro e conhecer detalhadamente todos os termos internacionais de comércio (INCOTERMs).
É também fundamental não confundir o preço do produto dentro do mercado interno com o preço de venda para o exterior. Ou seja, não basta apenas converter o preço da mercadoria no mercado nacional para o dólar (moeda mais usada nas negociações internacionais). Há variações fundamentais entre um mercado e outro, como impostos incomuns entre os dois e especificidades técnicas exigidas para exportação, como no caso das embalagens dos produtos.
Neste sentido, os custos de produção são geralmente feitos em reais (R$). Porém a margem de lucro deve ser analisada tendo em vista o mercado internacional, a fim de viabilizar a exportação. E no cerne deste cálculo está a variação cambial, que não pode faltar na planilha de custos do exportador.
De forma geral, o cálculo envolve:
• INCOTERM;
• Preço total da mercadoria no mercado interno (sem IPI);
• Componentes do preço no mercado interno;
• Componentes do preço na exportação;
• Lucro desejado na exportação;
• Taxa cambial.
O primeiro cuidado está relacionado à data de recebimento. No mercado internacional, o exportador recebe no dólar do dia. Imagine receber em um dia de queda drástica da moeda, por exemplo? Nessas situações, o empreendedor corre graves riscos financeiros.
Por isso, é fundamental para o rendimento do negócio estar atento quanto ao mercado futuro do câmbio, a fim de prever e planejar ações contra essas oscilações cambiais do mercado.
Outra proteção ao exportador é o contrato de hedge, um tipo de seguro contra quedas drásticas do dólar. Porém, em decorrência do custo, essa estratégia é mais adotada por grandes empresas. Estes tipos de contratos geralmente são fechados a partir de 50 mil dólares, e a taxa de operação é 0,02%.
Portanto, a melhor maneira de proceder é conhecendo profundamente as particularidades do mercado externo, bem como os custos completos para a exportação. Neste processo, é fundamental compreender os custos internos e as conversões internacionais. Estes cálculos possuem como componente principal a variação cambial. Por isso, atente-se sempre a ela na hora da formação do peço de exportação.
Se você ainda tem mais alguma dúvida sobre precificação de produtos exportados ou oscilações no câmbio, deixe seu comentário ou entre em contato. Seu feedback é muito importante e com certeza ajudará na produção dos próximos conteúdos.
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Carlos Augusto
Founder / CEO - Pride One