O agronegócio é um dos pilares da economia, mas o bom é combinar o crescimento desse poderoso setor a nível global, usufruindo de rendimentos em dólar.
Imagina poder incluir ativos especialmente dolarizados na sua carteira. Além dos benefícios da diversificação, é uma oportunidade inegável de ampliar seus investimentos e atingir um novo patamar de ganhos.
Neste artigo, vamos desbravar esse poderoso ecossistema de ativos e como você poderá criar seu próprio portfólio.
O mercado de capitais no setor agropecuário está em ascensão, impulsionado por uma crescente demanda global por alimentos e uma nova geração de produtores mais conectados com o mercado financeiro.
Inclusive, a FAO prevê que a produção mundial de alimentos precisará aumentar em 70% até 2050 para alimentar uma população estimada de 9,7 bilhões de pessoas.
E não é novidade para ninguém que o Brasil desempenha um papel crucial nesse mercado.
Responsável por 40% dessa produção adicional, o país tem uma posição estratégica no cenário global de alimentos.
Mesmo assim, a presença do agronegócio na bolsa de valores B3 é sub-representada, com menos de 5% do valor de mercado total.
Um cenário segue se transformando, ainda que timidamente. Exemplo disso é o Índice BrasilAgro, registrando uma alta de aproximadamente 60% recentemente.
O índice inclui 28 empresas do setor, com uma capitalização de mercado de cerca de R$ 150 bilhões. Algo ainda modesto em comparação com o Ibovespa, que alcança cerca de R$ 4 trilhões.
Porém, vemos alguns destaques, como o crescimento das emissões de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).
Só em 2020, segundo dados divulgados pela Forbes, o volume emitido de CRAs atingiu R$ 15,7 bilhões, um aumento de 28% em relação ao ano anterior.
O interessante, vale comentar, é que são investimentos isentos de Imposto de Renda para investidores pessoa física. Portanto, oferecem uma vantagem atraente de renda fixa.
Além disso, o recente desenvolvimento do FIAGRO (Fundo de Investimentos para o Setor Agropecuário), baseado nos modelos de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), representa uma nova oportunidade de recebimento de dividendos.
Uma conexão importante que fortalece o setor como um todo. Olhando para o mercado global, as opções são ainda maiores. Vejamos:
Este é um indicador que acompanha o desempenho de um grupo seleto de grandes empresas do setor agrícola em todo o mundo. Ele funciona como um termômetro, mostrando como, em média, essas empresas estão se saindo na bolsa de valores.
Assim, o índice reúne 24 das maiores empresas de agronegócio listadas em bolsas de valores ao redor do mundo.
Trata-se portanto de uma variedade diversificada de empresas que operam em diferentes segmentos do setor, incluindo:
Com uma trajetória bastante interessante nos últimos anos, o índice reflete as diversas dinâmicas que moldam o setor agrícola global. Dentre os fatores que influenciaram essa evolução estão:
A agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) é outro fator que vem trazendo uma nova classe de ativos financeiros para o agronegócio.
Créditos de carbono, por exemplo, permitem que empresas agrícolas compensem suas emissões, enquanto títulos verdes financiam projetos sustentáveis, atraindo investidores preocupados com a sustentabilidade.
Assim, empresas que adotam práticas ambientais responsáveis estão se destacando. Além disso, os fundos imobiliários da cadeia do agro oferecem oportunidades de investimento em propriedades rurais produtivas, promovendo a sustentabilidade e lucratividade.
Escolher o melhor investimento no agronegócio depende do perfil do investidor e de seus objetivos. Entre as opções, ações de empresas do setor e FIAGRO se destacam.
Só para exemplificar, empresas como JBS e SLC Agrícola estão entre as mais promissoras, oferecendo potencial de valorização e dividendos.
De forma semelhante aos FIIs, o FIAGRO permite investimentos em imóveis e atividades agroindustriais, combinando diversificação e isenção de IR para dividendos.
Existem várias maneiras de aplicar dinheiro no agronegócio, adequadas para diferentes perfis de investidores:
Todo investimento varia conforme o tipo de investimento e as condições de mercado. Mas, vamos a algumas especulações no setor…
LCAs e CRAs, por exemplo, podem oferecer retornos atrativos e previsíveis, especialmente pela isenção de IR.
Por outro lado, ações e FIAGRO podem proporcionar altos ganhos. Mas também apresentam maior risco, dependendo da performance das empresas e das condições climáticas e econômicas.
Em resumo, a alta demanda por commodities e o crescimento contínuo do setor contribuem para um cenário favorável de rentabilidade.
Embora empresas do setor sejam menos comuns nas bolsas, existem gigantes como John Deere e Bunge. Esta primeira detém valor de mercado de US$ 112 bilhões, sendo líder em equipamentos agrícolas. Já a segunda, avaliada em US$ 14 bilhões, atua em diversos segmentos do agronegócio, desde a produção de oleaginosas até alimentos.
Os REITs (Real Estate Investment Trusts) são similares aos fundos imobiliários brasileiros, mas focados em imóveis agrícolas. Dentre eles, podemos destacar:
Para uma exposição mais diversificada, os ETFs como o ISHARES MSCI AGRICULTURE PRO ETF (VEGI) são ótimas opções.
Por fim, investir no agronegócio global em dólares é uma estratégia rica em oportunidades. Desde a valorização de commodities até a inovação e sustentabilidade, o setor oferece um potencial significativo.
No entanto, é essencial estar atento aos riscos climáticos e regulatórios. Uma abordagem diversificada é fundamental para maximizar retornos e mitigar riscos.
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Bons investimentos!
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Carlos Augusto
Founder / CEO – Pride One